O Perigo Persistente das Barragens de Rejeitos em Minas Gerais

Minas Gerais, o coração mineral do Brasil, enfrenta um dos maiores desafios ambientais de sua história: a segurança das barragens de rejeitos e essa semana, nos deparamos com mais uma situação emergencial em Ouro Preto, cujo a matéria está nessa edição do Boletim Verde.. O colapso de estruturas como as de Brumadinho e Mariana não só provocou tragédias humanas e ambientais de proporções imensas, como também expôs a fragilidade de um sistema de segurança que, infelizmente, ainda não garante a proteção completa das comunidades e do meio ambiente. O desastre não é apenas um marco de falha, mas um alerta urgente para as práticas de gestão e regulamentação na mineração.

Apesar dos avanços regulatórios e das promessas de melhorias, a verdade é que muitas barragens ainda operam com riscos elevados. Relatórios recentes mostram que uma parte significativa das estruturas continua a ser monitorada de forma deficiente e que os planos de emergência frequentemente carecem de rigor. A fiscalização precisa ser intensificada e os padrões de segurança devem ser reavaliados constantemente para evitar novas tragédias. As mudanças nas práticas devem ir além das exigências mínimas e se tornar um padrão de excelência em segurança.

Além da necessidade de reformas técnicas e regulatórias, é essencial que haja uma transformação cultural na indústria de mineração. As empresas devem adotar uma postura proativa e não apenas reativa em relação à segurança, integrando práticas de gestão de riscos que priorizem a integridade das comunidades afetadas. As autoridades, por sua vez, devem exercer um controle rigoroso e independente, garantindo que as regulamentações não sejam apenas letra morta, mas sim cumpridas e monitoradas de forma efetiva.

A memória dos desastres passados deve servir como um impulso para ações concretas e imediatas. Não podemos permitir que o luto das vítimas e a devastação ambiental se tornem apenas capítulos tristes de nossa história. A prevenção deve ser a palavra de ordem, e a construção de um futuro seguro exige um compromisso genuíno com a integridade das barragens de rejeitos e a proteção dos cidadãos e do meio ambiente. Somente assim poderemos verdadeiramente honrar a memória das vidas perdidas e garantir que a história não se repita.

Equipe Editorial,Instituto Gestão Verde

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Estudo aponta que troncos de árvores tropicais removem o metano, um dos gases mais poluentes da atmosfera

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Biocombustíveis são piores que petróleo

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ANM vê trinca de 100 metros e põe barragem em Ouro Preto em estado de alerta

A Agência Nacional de Mineração (ANM) colocou a barragem de Forquilha V, da mineradora Vale, em estado de alerta após a descoberta de fissuras em sua estrutura, na noite dessa segunda-feira (5). A informação foi apurada por O Fator nesta terça-feira (6).

Segundo o relato de interlocutores ligados ao monitoramento da estrutura, há aproximadamente um mês e meio, uma trinca significativa foi identificada na crista da barragem Forquilha V. A fissura se estende por mais de 100 metros e tem uma profundidade de cerca de um metro.

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O desafio de conectar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no ensino da pós-graduação em Ciências Contábeis

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Barragem em Ouro Preto entra em nível de alerta após vistoria encontrar rachaduras

A barragem Forquilha V, em Ouro Preto (MG), entrou em alerta após a ANM identificar fissuras na estrutura. A mineradora Vale deve realizar inspeções diárias e enviar relatórios semanais sobre as fendas. Embora o risco potencial seja alto, a ANM garantiu que não há comunidades em áreas de risco iminente. A Vale afirma que a barragem, desativada desde 2023, não teve sua estabilidade comprometida e é monitorada 24 horas por dia. A ANM exigiu medidas corretivas e um estudo detalhado para avaliar as causas das fissuras e seu impacto. A situação está sendo acompanhada de perto para evitar riscos futuros.

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